terça-feira, 3 de abril de 2012

 

Debates sobre Educação no Contexto Pró-Conferência Rio+20

Tião Soares

 

Cabe aqui, para começo de conversa, deixar claro, que este texto não se trata de uma pesquisa detalhada sobre a educação por ocasião da conferência Rio+20; se destina a um breve e superficial levantamento do que se estar a debater sobre este assunto nos últimos dias. A relevância e a importância merecida a esta área do conhecimento, careceria, efetivamente, de mais profundidade e dedicação, para se debruçar sobre o tema e, dessa forma, garantir um garimpo de maior execelência e responsabilidades.

Entretanto, é bom esclarecer que este breve texto se trata, apenas, de uma baixa demonstração, de uma superficial análise dentre tantos debates a respeito deste tema. Entretanto, os debates sobre a educação buscam uma demonstração sobre a responsabilização dos indivíduos pela sua formação, independentemente das condições em que se encontrem, a institucionalização de mecanismos de escolha e de liberalização(política liberal) na educação - que criam novos espaços para o exercício de estratégias de distinção por parte dos grupos mais poderosos - são alguns dos processos sociais frequentemente associados à produção de novas e profundas desigualdades e exclusões sociais.

Desse modo, a credibilidade e o sucesso de um programa político que articule a ampliação de oportunidades de educação, formação e a afirmação da cidadania dependerão do modo como, em simultâneo, for efetivamente confrontado o problema político ao valor posicional da educação, objeto dessas ações.

Neste sentido, a investigação, ainda que superficial, a que me propus a fazer pretende trazer uma breve análise do debate disponível sobre este tema. Ressaltando-se, no entanto, que o aprofundamento das análises disponibilizadas nas diversas opiniões, pareceriam sustentar a perspectiva de que é possível uma via de desenvolvimento humano, social e ecologicamente sustentável, distinta do modelo de competividade liberal-produtivista e que aponte em novos e mais amplos compromissos sociais associados a negociação de regras sociais e de proteção do meio ambiente.

Baseado nestes nos debates e reflexões acerca do tema da educação pró-Conferência Rio+20, chama a atenção a proposta do governo brasileiro na busca de sugestões alternativas sobre o desenvolvimento da economia verde por meio de incentivos à melhoria da qualidade de vida das populações, erradicando a pobreza e estimulando a sustentabilidade. Essa alternativa deve ser associada aos programas de transferência de renda, como os já adotados no país, e aos números positivos da economia nacional.

A defesa do pronunciado acima, até que se prove ao contrário, pode amenizar e/ou dar melhores respostas ao que me posicionei neste texto sobre processos sociais frequentemente associados à produção de novas e profundas desigualadades sociais e exclusões sociais.

Finalmente avalia-se que é cada vez mais urgente a implementação de um programa político que articule a ampliação de oportunidades de educação, formação e a afirmação da cidadania, de modo a fomentar o empreendorismo e melhorar a qualidade de ser e de vida.

Assim o debate sobre a educação alarga e enriquece, ainda mais, a compreensão dessa área do conhecimento como imprescindível ao desenvolvimento social e humano, abre novas intenções de novos modelos e estratégias da transição para uma sociedade includente, verde e responsável.